Desempenho de videochamadas em comparação com outras plataformas
Tecnologia de videochamada em consultas clínicas vs outras plataformas de videoconferência
Este artigo descreve por que a videochamada do HealthDirect em consultas com várias partes às vezes parece funcionar de forma diferente de outras plataformas, como Microsoft Teams/Zoom/Google Meet. Também destaca a importância de entender a diferença em relação às consultas clínicas.
Visão geral: Os sistemas de videoconferência tradicionais utilizam, arquitetonicamente, um elemento de rede chamado MCU (Unidade de Conferência Multiponto), enquanto as videochamadas utilizam uma rede ponto a ponto ou "mesh". "Ponto a ponto", neste caso, refere-se a sistemas de computadores conectados entre si pela internet. Destacaremos as diferenças entre esses dois métodos a seguir.
Ponto a ponto (malha)
Imagine que não há internet e você precisa se comunicar com seus pacientes por meio da entrega de bilhetes escritos. Seus bilhetes contêm informações muito pessoais e você não confia em nenhuma transportadora externa para entregá-los. Então, você os entrega pessoalmente, diretamente na residência do seu paciente. É demorado fazer cópias dos seus bilhetes para cada paciente e dirigir até lá para entregá-los individualmente. No entanto, como você mesmo entrega os bilhetes pessoalmente, tem a certeza de que nenhuma informação pessoal será divulgada a terceiros.
Exemplo ponto a ponto: Neste diagrama, cada participante tem três conexões ponto a ponto bidirecionais com terminais remotos (outros participantes da chamada). Para uma conexão média de 1 Mbps, isso equivale a cada usuário enviando 3 Mbps e recebendo 3 Mbps. Todas as tarefas de processamento são concluídas pelo dispositivo final (o dispositivo de cada participante). |
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Unidade de Conferência Multiponto (MCU)
Com o tempo, você tem muito mais pacientes e seu processo não escala e se torna insustentável, daí a necessidade de otimização. Você ouviu falar de uma empresa na cidade que possui uma copiadora rápida e também oferece serviços de entrega expressa para coletar os originais e entregar cópias. Você entra em contato com essa empresa e pede que eles busquem suas anotações pessoais em sua residência, façam algumas cópias e entreguem uma cópia para cada um de seus pacientes. Você fica muito satisfeito com o serviço, pois economiza bastante tempo, mas... você não leva em consideração que uma pessoa que faz cópias de suas anotações pode lê-las, fazer cópias pessoais e entregá-las em residências incorretas, permitindo que outras pessoas as leiam indevidamente.
Um dia, você abre seu jornal diário e, para seu horror, percebe que sua nota pessoal está publicada ali, revelando informações privadas! Você pode culpar o jornal, os entregadores, a copiadora e outros, mas a causa, na verdade, foi o processo de comunicação utilizado, em comparação com a entrega em mãos das notas pessoais.
Exemplo de MCU: Neste diagrama, cada participante tem uma conexão com a unidade de conferência multipartidária da rede (por exemplo, Zoom ou Skype). Para uma conexão média de 1 Mbps, isso equivale a cada usuário enviando apenas 1 Mbps e recebendo no máximo 3 Mbps. Quase todo o processamento é concluído pela MCU. |
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Segurança e Privacidade
Ao entregar suas anotações pessoalmente, você ia até a residência do seu paciente na ausência dele, abria a porta da frente e colocava sua anotação particular diretamente sobre a mesa dele. No entanto, devido ao aumento de roubos, seus pacientes começaram a trancar as portas. Para facilitar a entrega das anotações pessoalmente, eles lhe deram as chaves de suas residências – você simplesmente destrancava a residência deles quando levava a anotação para eles. Então, ao contratar os serviços de uma empresa de copiadoras/courier para facilitar as entregas, você entregava a eles as chaves da residência do seu paciente, esquecendo-se de pedir permissão para que eles entregassem as chaves a outra pessoa. A partir daí, os entregadores tinham acesso irrestrito às residências dos seus pacientes e podiam usar as chaves para mais do que apenas entregar anotações enquanto seus pacientes estivessem fora.
Portanto, na prática, a MCU (Unidade de Conferência Multiponto) é a fotocopiadora/correio nesse cenário de comunicação. Ela facilita a entrega e a propagação do seu vídeo. Ela faz isso muito rapidamente, pois utiliza máquinas rápidas conectadas à internet de alta velocidade. E é por isso que as plataformas de videoconferência que utilizam a tecnologia MCU costumam ter um desempenho melhor em videoconferências de grande porte. No entanto, isso ocorre às custas da segurança e da privacidade do "intermediário".
Também é importante considerar a capacidade e os custos associados da fotocopiadora/correio no processo. A videochamada não utiliza um MCU, mas sim entrega ponto a ponto (P2P). Portanto, é o seu dispositivo pessoal e a sua conexão de internet que são responsáveis por criar e entregar cópias do seu vídeo a todos os seus pacientes/participantes da consulta. Se a sua internet não for rápida/estável ou o seu dispositivo não for rápido/potente o suficiente, você poderá ter uma qualidade de vídeo inferior na sua consulta em comparação com plataformas habilitadas para MCU.
Outro ponto importante a considerar é a localização das MCUs da empresa na rede. Elas podem estar localizadas fora da jurisdição australiana, o que pode levar seus dados para o exterior. Como a privacidade e a segurança são essenciais para consultas clínicas, a Videochamada não utiliza tecnologia MCU e foi projetada especificamente com privacidade e segurança em mente.
Conclusão
Embora você possa observar um desempenho ligeiramente melhor em conferências com participantes maiores em outras plataformas que utilizam um MCU, elas não possuem as mesmas medidas de segurança que as conexões diretas de rede mesh/peer-to-peer oferecem. As consultas MCU, por padrão, podem alterar, armazenar, gravar ou reduzir a qualidade das suas sessões. Com conexões peer-to-peer/mesh, isso não é possível, pois não há um elemento de rede no "meio".
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